
Prefeito e secretários de cidade do Maranhão são afastados por suposto desvio de verbas da educação
Wallas Rocha (Republicanos), prefeito de São Benedito do Rio Preto (MA), foi afastado do cargo por suspeitas de desvio de recursos do Fundeb. A Polícia Federal (PF) investiga um esquema que teria desviado mais de R$ 13 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb) em São Benedito do Rio Preto, no Maranhão. O caso resultou no afastamento do prefeito Wallas Gonçalves Rocha (Republicanos) e de membros do seu secretariado.
Jairo Viana Frazão, secretário de Educação, e Celina Albuquerque, secretaria-adjunta da mesma pasta, também deixarão os cargos por ordem da Justiça, assim como uma funcionária ligada ao ordenamento de despesas do município. a campanha eleitoral do prefeito em 2024. Mais de mil pessoas teriam sido beneficiadas pelo esquema, segundo a PF.
Desde o início de 2023, foram realizadas diversas transferências de valores das contas do Fundeb para blogueiros, candidatos a vereador ligados ao grupo político do prefeito, familiares, apoiadores e empresas contratadas para promover ações de campanha.
Além do prefeito Wallas Gonçalves Rocha, também são investigados: Jairo Viana Frazão, secretário de Educação e ordenador de despesas; Andreya Almeida Aguiar Monteiro da Silva, apontada como ordenadora de despesas; Celina Maria Albuquerque, secretária-adjunta de Educação; e José Luís Rodrigues Barbosa, ex-secretário de Planejamento e atual vereador.
Fracionamento
Segundo a PF, as transferências eram fracionadas em valores de R$ 1 mil, R$ 1,2 mil e R$ 5 mil. As operações eram realizadas por meio de contas bancárias de terceiros, mediante pagamento de R$ 50 por transação. Parte dos valores teria sido destinada a empresas de fachada e até a pessoas já falecidas.
Os desvios que causaram os afastamentos são investigados pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União, que deflagraram uma operação para cumprir 17 mandados de busca e apreensão em quatro cidades do Maranhão. Além de São Benedito do Rio endereços em Jatobá, Urbano Santos e na capital São Luís foram revistados pelos agentes.