Compartilhe o nosso portal

São Luís (MA), 12 de outubro de 2025

Search
Search

Vítima de AVC hemorrágico aguarda leito de UTI apesar de ordem judicial

Raquel de Jesus Brito, 36 anos, de Pinheiro (MA), enfrenta um quadro crítico de saúde após sofrer um AVC hemorrágico. Internada na Unidade Mista do Bequimão, em São Luís, a paciente permanece sem acesso a um leito de UTI, mesmo após decisão judicial emitida em 24 de setembro pela juíza Luzia Medeiros Nepomucena. A família relata temor pela vida de Raquel diante do descumprimento da medida.

Raquel de Jesus Brito, 36 anos, moradora do povoado Estrela, em Pinheiro (MA), enfrenta um quadro crítico de saúde após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico. Internada atualmente na Unidade Mista do Bequimão, em São Luís, a paciente permanece sem acesso a um leito de UTI, mesmo após decisão judicial emitida em 24 de setembro pela juíza Luzia Medeiros Nepomucena, que determinou sua imediata transferência. A família relata temor pela vida de Raquel diante do descumprimento da medida.

O episódio teve início em 16 de agosto, às 23h, quando Raquel apresentou sintomas agudos do AVC em Pinheiro. Ela foi socorrida pelo SAMU e levada ao Hospital Regional Dr. Antenor Abreu. Horas depois, uma tomografia realizada no Macro Regional confirmou o diagnóstico de AVC hemorrágico, levando à decisão de transferência para São Luís. A paciente chegou ao Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão I) na tarde do dia 17, ainda consciente, embora com dificuldades na fala.

Segundo familiares, Raquel permaneceu no corredor da unidade até o dia 20 de agosto, quando finalmente foi transferida para a ala vermelha. No dia 21, passou por um procedimento de drenagem, mas, de acordo com os relatos, a família não recebeu informações detalhadas sobre a intervenção. A paciente ficou em UTI até 6 de setembro, quando, sem justificativa apresentada aos familiares, foi transferida para a enfermaria e, logo depois, para a Unidade Mista do Bequimão — equipamento sem estrutura de alta complexidade.

Desde então, o estado clínico de Raquel se agravou. Familiares denunciam falta de cuidados básicos, como higiene adequada e prevenção de infecções, além da ausência de medicação para controle das crises convulsivas, que passaram a ser recorrentes e severas. O quadro chegou a incluir feridas expostas no couro cabeludo, com mau odor e presença de insetos, evidenciando, segundo a família, situação de negligência.

Após pressão direta junto à direção da unidade, os cuidados teriam apresentado melhora parcial. Ainda assim, o acompanhamento especializado em UTI segue imprescindível. Sem retorno administrativo, os familiares recorreram ao Judiciário, obtendo mandado de segurança para a transferência. Contudo, mais de uma semana após a ordem, a determinação judicial não foi cumprida, e Raquel continua apresentando crises convulsivas diárias.

“Se a situação persistir, estaremos diante de um grave atentado à vida. O que pedimos é apenas um atendimento digno, humano e conduzido por profissionais capacitados para lidar com a gravidade do caso”, declarou a família em nota.

Veja também:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *