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São Luís (MA), 2 de novembro de 2025

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Maior poluidor da história do planeta ficará de fora da COP30 em Belém

Os Estados Unidos não enviarão representantes de alto escalão para a COP30, conferência do clima das Nações Unidas que ocorre em Belém (PA) neste mês novembro. A decisão foi confirmada por uma autoridade da Casa Branca à agência Reuters e reforça o afastamento do governo de Donald Trump das pautas ambientais globais.

Com a ausência, Brasil deve liderar as discussões sobre financiamento climático

Raony Salvador

Os Estados Unidos não enviarão representantes de alto escalão para a COP30, conferência do clima das Nações Unidas que ocorre em Belém (PA) neste mês novembro. A decisão foi confirmada por uma autoridade da Casa Branca à agência Reuters e reforça o afastamento do governo de Donald Trump das pautas ambientais globais.

O anúncio surpreendeu diplomatas e ambientalistas que esperavam uma presença americana nas rodadas de negociação sobre metas de redução de emissões. A Casa Branca alegou que o presidente “está priorizando acordos energéticos bilaterais”, enquanto vê a mudança climática como um tema “exagerado” no cenário internacional.

No mês passado, durante discurso na Assembleia-Geral da ONU, Trump classificou a crise climática como “o maior golpe do mundo” e criticou países que adotam políticas ambientais consideradas caras e ineficazes. O governo tem buscado incluir cláusulas energéticas em acordos comerciais para expandir as exportações de gás natural liquefeito (GNL) para parceiros como Coreia do Sul e União Europeia.

A ausência dos EUA na COP30 ocorre após uma série de medidas que fragilizaram a cooperação ambiental internacional. Recentemente, Washington pressionou países da Organização Marítima Internacional (OMI) a adiar a criação de um preço global de carbono para o transporte marítimo. Também tentou impedir avanços em um tratado global de redução da poluição plástica.

O Departamento de Estado revisa, atualmente, a permanência do país em diversos acordos multilaterais, enquanto Trump reafirma a decisão de retirar os EUA do Acordo de Paris em janeiro de 2026 — decisão que simboliza a ruptura definitiva da maior potência econômica com os compromissos climáticos assumidos há uma década.

Negacionismo

Segundo um porta-voz da Casa Branca, “a maré está mudando” na forma como o governo encara a crise ambiental. Ele citou um memorando recente de Bill Gates, que defende foco em soluções energéticas pragmáticas e rejeita a ideia de que a mudança climática levará à extinção da humanidade.

Com a ausência americana, a COP30 — sediada pela primeira vez na Amazônia — deve concentrar suas discussões na ampliação do financiamento climático e no papel das economias emergentes na transição energética.

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