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São Luís (MA), 21 de outubro de 2025

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Dinistas e brandonistas voltam a chutar o pau da barraca. Dois caem

Uma sessão na Assembleia Legislativa desta terça feira (21) pela manhã agitou o mundo político do Maranhão - com consequências em Brasília -, a partir da divulgação, pela manhã, de um dossiê com resultados de arapongagens, supostamente minadas dentro do Palácio dos Leões, mas tendo como porta-voz o deputado bolsonarista Yglesio Moisés que, apesar de ser do PSB, vem trabalhando para defender, a qualquer custo, o governo Carlos Brandão.

Uma sessão na Assembleia Legislativa desta terça feira (21) pela manhã agitou o mundo político do Maranhão – com consequências em Brasília -, a partir da divulgação, pela manhã, de um dossiê com resultados de arapongagens, supostamente minadas dentro do Palácio dos Leões, mas tendo como porta-voz o deputado bolsonarista Yglesio Moisés que, apesar de ser do PSB, vem trabalhando para defender, a qualquer custo, o governo Carlos Brandão. As consequências vieram com pedidos à Polícia Federal para desvendar as escutas ilegais e também os pedidos de demissão dos secretários de Articulação Política do governo, Rubens Pereira, pai do deputado federal Rubens Júnior, e das Cidades e Desenvolvimento Urbano, jornalista Robson Paz. A entrega dos cargos foi anunciada em Brasília por Rubens Júnior e Márcio Jerry.

Tudo começou quando o deputado Yglésio Moyses (PSB) levou à tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão, nesta terça-feira (21), trechos de áudios atribuídos aos deputados federais Márcio Jerry(PCdoB) e Rubens Pereira Júnior(PT)e do ex-deputado estadual além de relatos envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino. Segundo Yglésio, o conteúdo aponta para uma suposta articulação política e jurídica com aliados do ex-governador, voltada à interferência em decisões do governo estadual e de órgãos de controle.

Mas os brandonistas não contaram com a reação dos deputados Rubens Pereira Júnior, inicialmente, e, mais tarde, Márcio Jerry (PCdoB) que, à tarde, usaram a tribuna da Câmara Federal para desmentir as versões expostas na Assembleia Legislativa pelo porta-voz do governo e anunciar providências. Assim, o deputado federal Rubens Jr.(PT) anunciou, durante discurso na tribuna da Câmara Federal nesta terça-feira(21), a entrega do cargo do pai, Rubens Pereira, de secretário de Articulação Política do governo do Estado.

“-Meu pai é secretário de articulação política do governador. Diante disso quero informar de forma irrevogável, irretratável, o pedido de exoneração do secretário Rubens Pereira. Não me resta outro caminho que não seja a entrega do cargo”, disse Rubens Júnior, visivelmente emocionado, ao fazer críticas e anunciar rompimento com o governo após reclamar de ser gravado.

Arapongagem

O parlamentar comentou as denúncias feita pelo deputado Yglésio Moyses (PSB) que levou à tribuna da Assembleia Legislativa trechos de áudios atribuídos aos deputados federais Márcio Jerry(PCdoB) e Rubens Pereira Júnior(PT), além de relatos envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino. Segundo Yglésio, o conteúdo aponta para uma suposta articulação política e jurídica com aliados do ex-governador, voltada à interferência em decisões do governo estadual e de órgãos de controle.

Rubens Jr. disse que o governador Carlos Brandão o chamou para construir a paz no grupo político e que fizesse um diálogo com o ministro Flávio Dino. “Eu fui e dialoguei e quando eu trago o retorno eu sou gravado ilegalmente. Eu fui emissário de paz. Ao chegar ao ministro Flávio Dino e ao desembargador Ney Bello, eu disse: ‘Estou vindo aqui numa missão de paz e venho em nome do governador Brandão para construir, retornar a pacificação do nosso grupo político’. O que o ministro Flávio responde que não havia guerra: ‘Júnior, eu não estou mais na política, esse assunto tem que ser resolvido por vocês. Recomendo que procure Márcio Jerry, deputado federal do PCdoB, e Felipe Camarão, vice-governador do PT. Desde quando assumi essa cadeira de ministro do STF tive que sair das articulações políticas’. Foi então que eu perguntei sobre a questão do TCE e a resposta dele foi: ‘Processo judicial se trata nos autos, nunca em uma mesa de discussão política. É melhor buscar a paz e a unidade do que a guerra’. Então, o diálogo foi tão somente este no campo do aconselhamento pessoal”, afirmou Rubens Jr.

Mais tarde foi a vez do deputado federal Márcio Jerry anunciar que O PCdoB no Maranhão também estava desembarcando de vez do governo Brandão, através de nota, renunciando ao cargo de Secretário das Cidades e Deseenvolvimento Urbano, ocupada pela jornalista Robson Paz:

Paz se manifestou após o pedido de desligamento da Secid.

Rubens, na Camara

O deputado federal Rubens Pereira Jr (PT-MA) afirmou nesta terça-feira (21), durante discurso na Câmara dos Deputados, que o encontro que teve com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, não teve qualquer conotação política. Segundo o parlamentar, a conversa foi apenas um momento de “aconselhamento pessoal”.

Rubens explicou que foi ao encontro de Dino a pedido do governador Carlos Brandão (PSB), com a missão de buscar a pacificação entre lideranças do grupo político. “O governador me chamou para um diálogo e pediu que eu ajudasse a construir a paz. Fui até o ministro Flávio Dino, que foi meu orientador, meu padrinho de casamento e meu amigo de longa data. Disse a ele que vinha em nome da paz”, relatou.

De acordo com o deputado, a resposta de Dino foi direta: “Júnior, não estou mais na política. Esse assunto tem que ser resolvido por vocês”. Ainda segundo Rubens Jr., o ministro reforçou que qualquer questão judicial deve ser tratada “nos autos” e não em discussões políticas.

O parlamentar disse que o diálogo foi deturpado e transformado em uma “paranoia política” após ser gravado ilegalmente por pessoas próximas ao governo estadual. “Foi um momento de amizade, um pedido de conselho de vida, e transformaram isso em arma política. Gravar um aliado é algo repugnante”, afirmou.

Rubens Jr. encerrou o pronunciamento dizendo que não teme as consequências políticas do episódio e reafirmou sua lealdade ao grupo que ajudou a construir. “Não me rendo, não me vendo e não me intimido. Sei das consequências, mas sigo de cabeça erguida”, declarou.

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