Apesar do ultimato do União Brasil e do PP com o anúncio oficial de desembarque do governo Lula, André Fufuca e Celso Sabino resistem a deixar os cargos
Por Iander Porcell (O Tempo)
Apesar do ultimato do União Brasil e do PP com o anúncio oficial de desembarque do governo Lula nesta terça-feira, 2, os ministros Celso Sabino (União), do Turismo, e André Fufuca (PP), do Esporte, ainda resistem a deixar seus cargos. “Fufuca é um cara de partido”, disse o presidente do PP, Ciro Nogueira, à Coluna do Estadão, ao pressionar para que o correligionário abandone a Esplanada. “Vai prevalecer o bom senso”, emendou.
Os dois partidos, que formalizaram recentemente uma federação, comunicaram a decisão de desembarcar do governo em um pronunciamento que durou menos de 1 minuto, em um aceno ao ex-presidente Jair Bolsonaro, cujo julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) teve início nesta terça-feira, 2.
As negociações sobre o futuro de Sabino e Fufuca, no entanto, devem continuar nos próximos dias. Integrantes dos dois partidos, que formalizaram recentemente uma federação, dizem que os filiados terão até o dia 30 de setembro para sair do governo, ou passarão por um processo de afastamento e, posteriormente, expulsão.
Tanto Fufuca quanto Sabino querem o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para concorrer ao Senado em 2026 em seus Estados. Sem aval do petista, a eleição ficará mais difícil para os dois. No entanto, se pedirem a desfiliação de seus atuais partidos, também podem perder força eleitoral.